20 março 2013

Enxergando através do ALMA!

Olá Pessoal,

O assunto de hoje é um pouco diferente, mas garanto que é bem interessante.

Depois de 15 anos de planejamento e construção o maior projeto de observação astronômica erigido em terra firme foi inaugurado no dia 13 de março em San Pedro de Atacama, nos Andes chilenos, a cerca de 1.600 quilômetros ao norte da capital Santiago. O Atacama Large Millimeter/submillimeter Array, ALMA como é chamado, entrou oficialmente em operação com o objetivo de desvendar os primórdios do Universo, a Idade das Trevas do Cosmo, quando as primeiras estrelas, galáxias e planetas se formaram. Legal, não?!
Complexo ALMA no Atacama (Fonte: Divulgação/ESO)


O Alma é na verdade um conjunto de 66 antenas de rádios instaladas no platô de Chajnantor, a 5 mil metros de altitude, que podem funcionar de forma conjunta sincronizada como se fossem um único radiotelescópio de 16 quilômetros (Quem aí assistiu ao filme Contato? Deve se lembrar de uma imagem dessas). Do total de antenas do projeto, 57 já estão em funcionamento no platô, onde o ar rarefeito e o clima extremamente seco favorecem as observações astronômicas. As outras 9 se encontram no centro de operações do Alma, situado a 35 quilômetros de distância do Chajnantor, a uma altitude aproximada de 3 mil metros.
Um dos 66 radiotelescópios que faz parte do complexo Alma


O conjunto de radiotelescópios capta uma porção (invisível a olho nu) do espectro de luz com comprimentos de onda entre 0,32 e 3,6 milímetros. A luz nesses comprimentos de onda vem de grandes nuvens frias do espaço interestelar, onde a temperatura é apenas alguns graus acima do zero absoluto, e de algumas das mais antigas galáxias do Universo. Ela pode ser usada para estudar a composição química e a física de regiões densas em gás e poeira onde novas estrelas estão sendo formadas.

Frequentemente tais regiões são escuras e não podem ser observadas nas frequências da luz visível. No entanto, podem ser “vistas” de forma clara na parte do espectro de luz em que o Alma trabalha. “Os primeiros resultados do Alma são espetaculares”, afirmou Pierre Cox, que assumirá a direção do observatório em abril. Cox acredita que, no futuro, o observatório poderá detectar até a matéria escura, um misterioso componente que representa 23% do Universo.
Uma das primeiras imagens compostas pelo Alma (Galáxia das Antenas) (Fonte: Alma (ESO/NAOJ/NRAO))

Apesar de ter sido inaugurado por esses dias, o Alma já estava sendo utilizado a algum tempo e uma equipe liderada por pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), Estados Unidos, mediu a distância de 26 galáxias longínquas e poeirentas, onde havia grande formação de novas estrelas, e descobriu que elas estavam mais longe e eram, portanto, mais velhas do que se pensava. “Quanto mais distante estiver uma galáxia, mais longe no tempo a estamos vendo. Por isso, ao medir distâncias, podemos reconstruir a linha cronológica de quão vigorosa é a formação estelar no Universo nas diferentes épocas da sua história de 13,7 bilhões de anos”, disse Joaquin Vieira, do Caltech.

Os pesquisadores viram que, em média, os picos de formação estelar ocorreram 12 bilhões de anos atrás, 1 bilhão de anos mais cedo do que se supunha. Duas dessas galáxias são as mais distantes deste tipo já observadas. Tinham 12,7 bilhão de anos. Numa outra galáxia, os astrofísicos detectaram moléculas de água. Segundo os pesquisadores, essa é a evidência mais longínqua de água já identificada no Universo.
Linda imagem não?!
E no futuro o que mais eles poderão encontra hein?! 
E pra quem quiser saber mais a respeito é só entrar na página deles: http://www.almaobservatory.org/

Espero que tenham gostado,

Beijos a todos,

Josi

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