31 março 2013

Imagem da Semana #54

Olá Pessoal,

A imagem (e vídeo) da semana de hoje é da montanha Yanar Dag, mais conhecida como montanha do fogo no Azerbaijão.


Não...ninguém colocou fogo na montanha. Ela queima devido a gás natural que "vaza" naturalmente, e provoca a chama. Ninguém sabe exatamente há quanto tempo a montanha está pegando fogo, mas há relatos desde a época de Marco Polo (um famoso mercante de Veneza), ou seja, pelo menos 800 anos. Mas de acordo com pesquisadores faz 4000 anos que o fogo tá pegando lá.

Não acredita? Confira o vídeo, ou se preferir dá pra ir lá ver ao vivo...deve estar queimando ainda!


Um abraço a todos,

26 março 2013

O continente perdido!

Olá Pessoal,

Nosso planeta, como sabemos não é "estático", pelo contrário, está em contínua transformação. E como saber como ele era a milhões de anos atrás? Graças a cientistas que vivem a estudar essas e outras questões sobre o nosso planeta é que conseguimos saber um pouco mais sobre o nosso planeta de antigamente.  E dessa vez alguns cientistas acreditam ter encontrado sinais de que fragmentos de um continente antigo estão soterrados abaixo do solo do Oceano Índico. Os pesquisadores dizem que o fragmento é de um continente que teria existido de entre 2 bilhões e 85 milhões de anos atrás. A faixa foi batizada pelos cientistas de "Mauritia". Com o tempo, a terra se fragmentou e desapareceu sob as ondas do mundo moderno que se formou no lugar.
Concepção de como seria a disposição dos continentes no planeta.
 

Há até 750 milhões de anos, toda a massa terrestre do Planeta estava concentrada em um continente gigante, chamado de Rodínia pelos cientistas. Países que hoje estão a milhares de quilômetros de distância – como Índia e Madagascar – ficavam lado a lado. A nova pesquisa sugere que havia um "microcontinente" entre Índia e Madagascar. Os cientistas pesquisaram grãos de areia de Maurício, um país localizado no Oceano Índico. Os grãos se originaram em uma erupção vulcânica que ocorreu há nove milhões de ano. Mas apesar disso, eles contém minerais que são de um período ainda mais antigo.
"Nós encontramos zircão, que foi extraído das areias da praia, e isso é algo que se encontra tipicamente na crosta continental. Elas são de uma era muito antiga", disse o professor Trond Torsvik, da Universidade de Oslo. O zircão é datado de entre 1970 e 600 milhões de anos atrás, e a equipe concluiu que os restos da terra antiga foram levados para a superfície da ilha durante uma erupção vulcânica. O professor disse acreditar que pedaços do continente poderiam estar 10 quilômetros abaixo de Maurício e sob o solo do Oceano Índico.
Que lugarzinho "feio" essa  ilha de Seychelles, hein?!

A existência do continente teria atravessado diferentes éons da Terra – desde o Pré-Cambriano, quando não havia vida na terra, ao período em que surgiram os dinossauros. Mas há 85 milhões de anos, quando a Índia começou a se separar de Madagascar em direção à sua posição atual, o microcontinente teria se desfragmentado – e eventualmente desaparecido sob as ondas. no entanto, uma parte pequena do microcontinente pode ter sobrevivido, especulam os pesquisadores. "No momento, as (ilhas) Seicheles são um pedaço de granito, ou crosta continental, que está praticamente assentada no meio do Oceano Índico", diz Torsvik. "Mas houve uma época em que ficavam logo ao norte de Madagascar. E o que estamos dizendo é que talvez isso fosse muito maior, e que esses fragmentos continentais estão espalhados pelo oceano."
Fragmento de granito na praia de Seychelles

Essas teorias ainda precisam ser confirmadas com mais pesquisa. Mas já nos dá uma ideia de que há muito ainda pra ser descoberto em nosso "pequeno" planeta...

Espero que tenham gostado...

Beijos

Josi

24 março 2013

Imagem da semana #53

Olá pessoal,

A imagem dessa semana é um casal simpático de lagartos, que pertencem a uma nova espécie, descobertos por cientistas em uma região da Amazônia peruana. Eles vivem em uma área quase inexplorada, próxima à bacia do Rio Huallaga.


Dois exemplares, um macho e uma fêmea, da espécie Enyalioides azulae. (Foto: Reprodução/Zookeys) 


22 março 2013

Tropeçando num dinossauro!

Olá pessoal,

Quem disse que não é possível literalmente tropeçar num fóssil de dinossauro?! Uma menina de nove anos de idade, moradora da Ilha de Wight, acabou literalmente tropeçando num fóssil de dinossauro enquanto caminhava na praia. E o mais interessante é que o fóssil era de uma dinossuaro ainda não descoberto e por isso o novo espécime acabou ganhando o nome da menina, que no caso se chama Daisy. 
Daisy Morris tropeçou em restos fossilizados na praia de Atherfield há quatro anos. Um artigo científico informou que a espécie recém-descoberta de pterossauro seria chamada Vectidraco daisymorrisae.
Representação artística de como seria o pterossauro descoberto (Fonte: BBC Brasil)

O especialista em fósseis Martin Simpson disse que este era um exemplo de como "grandes descobertas podem ser feitas por amadores".

A família Morris procurou Simpson, especialista da Universidade de Southampton, após a descoberta feita por Daisy em 2009. "Eu sabia que estava diante de algo muito especial. E estava certo", disse Simpson. O fóssil revelou-se como uma espécie até então desconhecida de pterossauro pequeno, um réptil voador de 115 milhões de anos, do período Cretáceo Inferior.
Daisy Morris (Fonte: BBC Brasil)

A nova espécie e o nome foram confirmados em um artigo científico publicado no dia 18 de março. Simpson disse que a erosão no litoral da ilha teria feito com que o fóssil tivesse sido "lavado pelo mar e destruído, se não tivesse sido encontrado por Daisy". O pterossauro já foi doado para o Museu de História Natural, que recentemente nomeou a Ilha de Wight como a "capital dos dinossauros da Grã-Bretanha".

A confirmação do Vectidraco daisymorrisae vem uma semana após uma outra descoberta na ilha de um esqueleto quase completo de um dinossauro de 12 metros de comprimento....essa ilha deve estar cheia deles!

Espero que tenham gostado!

Beijos a todos,

Josi







20 março 2013

Enxergando através do ALMA!

Olá Pessoal,

O assunto de hoje é um pouco diferente, mas garanto que é bem interessante.

Depois de 15 anos de planejamento e construção o maior projeto de observação astronômica erigido em terra firme foi inaugurado no dia 13 de março em San Pedro de Atacama, nos Andes chilenos, a cerca de 1.600 quilômetros ao norte da capital Santiago. O Atacama Large Millimeter/submillimeter Array, ALMA como é chamado, entrou oficialmente em operação com o objetivo de desvendar os primórdios do Universo, a Idade das Trevas do Cosmo, quando as primeiras estrelas, galáxias e planetas se formaram. Legal, não?!
Complexo ALMA no Atacama (Fonte: Divulgação/ESO)


O Alma é na verdade um conjunto de 66 antenas de rádios instaladas no platô de Chajnantor, a 5 mil metros de altitude, que podem funcionar de forma conjunta sincronizada como se fossem um único radiotelescópio de 16 quilômetros (Quem aí assistiu ao filme Contato? Deve se lembrar de uma imagem dessas). Do total de antenas do projeto, 57 já estão em funcionamento no platô, onde o ar rarefeito e o clima extremamente seco favorecem as observações astronômicas. As outras 9 se encontram no centro de operações do Alma, situado a 35 quilômetros de distância do Chajnantor, a uma altitude aproximada de 3 mil metros.
Um dos 66 radiotelescópios que faz parte do complexo Alma


O conjunto de radiotelescópios capta uma porção (invisível a olho nu) do espectro de luz com comprimentos de onda entre 0,32 e 3,6 milímetros. A luz nesses comprimentos de onda vem de grandes nuvens frias do espaço interestelar, onde a temperatura é apenas alguns graus acima do zero absoluto, e de algumas das mais antigas galáxias do Universo. Ela pode ser usada para estudar a composição química e a física de regiões densas em gás e poeira onde novas estrelas estão sendo formadas.

Frequentemente tais regiões são escuras e não podem ser observadas nas frequências da luz visível. No entanto, podem ser “vistas” de forma clara na parte do espectro de luz em que o Alma trabalha. “Os primeiros resultados do Alma são espetaculares”, afirmou Pierre Cox, que assumirá a direção do observatório em abril. Cox acredita que, no futuro, o observatório poderá detectar até a matéria escura, um misterioso componente que representa 23% do Universo.
Uma das primeiras imagens compostas pelo Alma (Galáxia das Antenas) (Fonte: Alma (ESO/NAOJ/NRAO))

Apesar de ter sido inaugurado por esses dias, o Alma já estava sendo utilizado a algum tempo e uma equipe liderada por pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), Estados Unidos, mediu a distância de 26 galáxias longínquas e poeirentas, onde havia grande formação de novas estrelas, e descobriu que elas estavam mais longe e eram, portanto, mais velhas do que se pensava. “Quanto mais distante estiver uma galáxia, mais longe no tempo a estamos vendo. Por isso, ao medir distâncias, podemos reconstruir a linha cronológica de quão vigorosa é a formação estelar no Universo nas diferentes épocas da sua história de 13,7 bilhões de anos”, disse Joaquin Vieira, do Caltech.

Os pesquisadores viram que, em média, os picos de formação estelar ocorreram 12 bilhões de anos atrás, 1 bilhão de anos mais cedo do que se supunha. Duas dessas galáxias são as mais distantes deste tipo já observadas. Tinham 12,7 bilhão de anos. Numa outra galáxia, os astrofísicos detectaram moléculas de água. Segundo os pesquisadores, essa é a evidência mais longínqua de água já identificada no Universo.
Linda imagem não?!
E no futuro o que mais eles poderão encontra hein?! 
E pra quem quiser saber mais a respeito é só entrar na página deles: http://www.almaobservatory.org/

Espero que tenham gostado,

Beijos a todos,

Josi

16 março 2013

Cabeça nas Nuvens!


Olá pessoal,

Hoje vamos falar de um assunto que eu sempre gostei... Quem nunca ficou olhando para o céu durante o dia, de preferência quando temos um céu azulzinho com várias nuvens branquinhas e com aparência bem felpuda, e jurou ter visto o Mickey Mouse ou um grande sorvete de casquinha? Há quem consiga ver rostos e vários bichos... Eu quando criança perdia horas fazendo isso, e confesso que ainda hoje, quando tenho um tempinho e oportunidade, me pego procurando por algum animalzinho nas formas das nuvens...rs.

Bom, mas o que são nuvens? Como elas se formam? E como são classificadas? 

Nuvem é um conjunto visível de partículas diminutas de gelo ou água em seu estado líquido ou ainda de ambos ao mesmo tempo (mistas), que se encontram em suspensão na atmosfera, após terem se condensado ou liquefeito em virtude de fenômenos atmosféricos. A nuvem pode também conter partículas de água líquida ou de gelo em maiores dimensões e partículas procedentes, por exemplo, de vapores industriais, de fumaças ou de poeiras. 

As nuvens são constituídas por gotículas de água condensada, oriunda da evaporação da água na superfície do planeta, ou cristais de gelo que se formam em torno de núcleos microscópicos, geralmente de poeira suspensa na atmosfera. Após formadas, as nuvens podem ser transportadas pelo vento, tanto no sentido ascendente quanto descendente. Quando a nuvem é forçada a se elevar ocorre um resfriamento e as gotículas de água podem ser total ou parcialmente congeladas. Quando os ventos forçam a nuvem para baixo ela pode se dissipar pela evaporação das gotículas de água. A constituição da nuvem depende, então, de sua temperatura e altitude, podendo ser constituídas por gotículas de água e cristais de gelo ou, exclusivamente, por cristais de gelo em suspensão no ar úmido.


Classificação oficial de nuvens

As nuvens formam-se a partir da condensação do vapor de água existente em ar úmido na atmosfera. A condensação inicia-se quando mais moléculas de vapor de água são adicionadas ao ar já saturado ou quando a sua temperatura diminui. É o resfriamento do ar úmido que se eleva na atmosfera que dá origem à formação de nuvens. A elevação do ar é um processo chave na produção de nuvens que pode ser produzido por convecção, por convergência de ar, por elevação topográfica ou por levantamento frontal.

As nuvens apresentam diversas formas, que variam dependendo essencialmente da natureza, dimensões, número e distribuição espacial das partículas que a constituem e das correntes de ventos atmosféricos. A forma e cor da nuvem depende da intensidade e da cor da luz que a nuvem recebe, bem como das posições relativas ocupadas pelo observador e da fonte de luz (sol, lua, raios) em relação à nuvem.


Mas existem alguns tipos de formações de nuvens não muito comuns e que são no mínimo curiosas, segue abaixo alguns exemplos delas:













Espero que tenham gostado...




Beijos a todos!

Josi

13 março 2013

Mudanças Climáticas: um registro na lama!


Olá pessoal,

Vocês sabem que analisando o solo é possível saber sobre alterações climáticas que ocorreram a muitos anos trás? Bom, pelo menos é isso o que um grupo de cientistas fizeram, analisaram uma coluna de lama com uns poucos centímetros de diâmetro e quase seis metros de profundidade, coletada por geólogos na mata atlântica da Estação Ecológica Jureia Itatins, no litoral sul de São Paulo. Essa análise revelou a primeira evidência encontrada na costa brasileira da mudança climática global mais radical e repentina que a Terra sofreu nos últimos 10 mil anos!

Juréia
Segundo a coordenadora do estudo, a geóloga Alethea Sallun, do Instituto Geológico de São Paulo, é muito raro encontrar sinais de um evento relativamente curto como essa mudança climática, que durou menos de 400 anos – um piscar de olhos na história geológica de 4,5 bilhões de anos do planeta. Essa mudança aconteceu devido ao aumento das temperaturas globais no fim da última era glacial, há 11 mil anos, quando as geleiras que cobriam a América do Norte deram lugar a imensos lagos. Em torno de 8.200 anos atrás (pode ter sido algumas centenas de anos antes ou depois), a geleira que represava dois desses lagos se rompeu, descarregando um volume gigantesco de água doce no Atlântico Norte. Num período curto, talvez menos de 10 anos, a mudança abrupta de salinidade do oceano interrompeu temporariamente a corrente do Golfo, que transporta calor dos trópicos para a Europa, congelando o continente e forçando migrações humanas em massa (como já explicamos aqui).
Tempestades...
Registros geológicos sugerem que a influência dessa mudança abrupta se espalhou rapidamente pelo planeta, causando secas na África e avanços de geleiras na Nova Zelândia e nos Andes. As correntes marinhas alteradas teriam intensificado as chuvas de verão na América do Sul. Além disso, simulações feitas sugerem que litoral do Brasil tenha sofrido uma subida brusca do nível do mar de cerca de um metro! Na verdade, há registros de que o nível do mar da costa brasileira subiu e desceu pelo menos seis vezes nos últimos 10 mil anos, chegando a até cinco metros acima do nível atual cerca de 5 mil anos atrás.
E como se consegue descobrir tudo isso com apenas um cilindro de lama?


Primeiramente de determina as idades da lama pelo método de datação por radiocarbono, os cientistas descobriram que a coluna coletada apresentava uma história contínua da deposição de sedimentos de 9.400 anos atrás até o presente. Mas, enquanto o primeiro metro da coluna guarda informações sobre 7.600 anos dessa história, com pequenas deposições (da ordem de um milímetro por ano), o restante preserva os detalhes de uma quantidade enorme de sedimentos depositada nos 2 mil anos anteriores.
A maior taxa de deposição aconteceu entre 8.385 e 8.375 anos atrás, quando um metro de lama se assentou ali. Os cientistas explicam que não há dados suficientes para dizer exatamente o que aconteceu, mas provavelmente uma grande quantidade de chuva, aliada à elevação do nível do mar, manteve um ambiente de água parada tempo o suficiente para que a deposição acontecesse e fosse preservada.
Isso no faz pensar que é possível que algo parecido com essa mudança abrupta ocorra novamente, caso o aquecimento global provoque o degelo da Groenlândia, como lembra o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore no documentário Uma verdade inconveniente, de 2006. 



Espero que tenham gostado,

Beijos a todos!

Josi