27 setembro 2012

Manejo ecológico de solos

Olá pessoal,

O Globo Rural contou a vida e a obra da agrônoma Ana Maria Primavesi, e vale muito a pena ler a reportagem. Segue um pedacinho dela:

"Focando seu trabalho no manejo ecológico dos solos, Ana Maria Primavesi é a agrônoma que desvendou mistérios da vida no solo. Seu estudo é um ponto de virada da agricultura tropical. Ao longo de mais de 60 anos de carreira, ela deu aulas, escreveu livros, fez conferências e ganhou prêmios em vários países.

A doutora Primavesi, hoje com 92 anos, passou a vida toda no campo, estudando e aprendendo com a natureza. Ao longo da carreira, ela sempre defendeu uma agricultura natural, sem agrotóxico e que valoriza a vida no solo. “Para mim é fascinante como a terra melhora, como a água nasce, como tudo está se desenvolvendo. A minha paixão é o solo, porque tudo depende do solo, inclusive os homens”, explica.


Clique aqui para ver a reportagem 

A renomada cientista nasceu em um vilarejo na Áustria. De família nobre, teve educação de qualidade, com muita leitura e estudo de várias línguas. Vivia em um ambiente ao mesmo tempo sofisticado e muito ligado às coisas simples do campo. A propriedade em que morava era também uma fazenda, com gado de leite, trigo e outros produtos.
Segundo a geógrafa e professora, Virgínia Knabben, que está escrevendo um livro sobre Primavesi, o contato com a agricultura, desde cedo, foi fundamental para que ela resolvesse estudar agronomia e ciências florestais na Universidade Rural de Viena e, posteriormente, fizesse um doutorado sobre nutrição de plantas e solos.
Em 1946, Ana se casou com Artur Primavesi, de quem pegaria o sobrenome. Quando chegaram ao Brasil, em 1949, ambos começaram a trabalhar como agrônomos, dando início a uma relação profunda com o mundo rural brasileiro.
Visitando fazendas, conversando com agricultores, aos poucos, o casal aprendeu português e começou a escrever livros e manuais. Ao longo da vida, a doutora Primavesi publicou 12 livros e 94 textos e artigos científicos inéditos.

Para o agrônomo João Pedro Santiago, o pensamento de Primavesi é um marco na agricultura tropical e começa com uma ideia simples: o agricultor deve valorizar a vida do solo. “O solo orgânico pode ter, em um punhado de terra, até cinco bilhões de seres vivos, desde os grandes, como minhocas, até bactérias, fungos e algas. É um universo de vida e quem fez a gente enxergar isso foi a Primavesi. Na época em que ela começou a defender essas ideias, o foco era dado apenas para a adubação química e o para o veneno”, conta.
Segundo Primavesi, as plantas que crescem em um ambiente rico em matéria orgânica ficam mais fortes e mais resistentes ao ataque de pragas e doenças. Ela é totalmente contra ao uso de agrotóxicos. “Quando você tem um ambiente em que não usa veneno, a vida é diversificada, uns competem com os outros. É um controle biológico natural. Quando você joga veneno, vira praga. O tóxico mata a vida”, defende.
De todos os livros da doutora Primavesi, o mais famoso é o “Manejo ecológico do solo”, lançado em 1979. Com força e pioneirismo, as ideias da agrônoma se espalharam pelas faculdades de agronomia e se tornaram referência obrigatória, principalmente para quem estuda manejo de solos e agricultura orgânica.
Os ensinamentos de Primavesi
A mensagem da doutora Primavesi também entrou no dia-a-dia de agricultores de várias regiões do Brasil. É o caso do produtor orgânico Fernando Ataliba. Em seu sítio de 36 hectares, em Indaiatuba interior de São Paulo, ele planta hortaliças, frutas e grãos.
No sítio de Fernando estão vários exemplos concretos do que ele chama de “manejo Primavesi”. Por exemplo, em todos os cultivos, as entrelinhas devem estar sempre cobertas, o que ajuda a manter o solo úmido, fofo e fresco. “Tudo isso enriquece a vida do solo, que vai sendo alimento de fungos e bactérias. Quanto mais formas de vida, mais saudável e mais sustentável ele fica”, explica o agricultor.

Outra recomendação de Primavesi adotada no sítio é a rotação de culturas. A prática é positiva para a saúde do solo e também ajuda no controle de pragas e doenças. Além de não usar veneno industrial, Fernando evita também as caldas e defensivos orgânicos.
Outra dica de manejo, particularmente importante para a agricultura tropical, é o uso de quebra-vento. “O vento constante desidrata as plantas, carreia a umidade do solo e das folhas, fazendo as plantas se estressarem com essa situação”, explica Fernando.
Com todos esses cuidados e seguindo à risca as ideias da doutora Primavesi, a propriedade vem conseguindo resultados positivos em termos de produção. “Respeitando o equilíbrio do solo e a natureza das plantas, nós conseguimos explorar todo o potencial genético das plantas. Isso quer dizer que eu estou produzindo acima da produtividade convencional um produto de alta qualidade”, garante Fernando."
Um abraço a todos,


Curiosidades #5

Olá pessoal,

Nosso planeta é um lugar muito curioso. Tem algumas informações que às vezes nós não nos damos conta, ou nunca ouvimos falar. 

Vamos então caracterizar a Terra? Aqui vão algumas informações:

Nós estamos no terceiro planeta mais próximo do Sol (distância: 149.600.000 km), o quinto maior do sistema solar, girando ao redor do sol a uma velocidade média de 107 mil quilômetros por hora. O nosso planeta gira em torno de si mesmo com velocidade de 465 metros por segundo, e nós não sentimos esse movimento de rotação porque estamos presos à Terra pela gravidade, ou seja, nós nos movemos junto na mesma velocidade. A Terra tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos e 510,3 milhões de quilômetros quadrados. O diâmetro da Terra é de aproximadamente 12.756 quilômetros (no Equador). De pólo à pólo o diâmetro é um pouco menor: 12.713 quilômetros. Quer saber o peso do planeta? Prepare-se para vários zeros: 5.980.000.000.000.000.000.000 toneladas!

Atlas, o Titã que carregava 5.980.000.000.000.000.000.000 toneladas.
O planeta é composto principalmente por água (97%) sendo que a maioria da água presente é salgada (cerca de 30 vezes mais do que a doce). O maior oceano é o Pacífico, com 707,6 milhões de quilômetros cúbicos de água. A vida existe no nosso planeta devido à atmosfera, que é composta por nitrogênio (77%), oxigênio (21%) e outros gases em pequena quantidade, como argônio, dióxido de carbono e  vapor d'água. A forma mais primitiva de vida formou-se no Pré-Cambriano, há cerca de 3 bilhões de anos, e a evolução deu conta de formar a diversidade que temos hoje no planeta. 

A Terra vista de Marte. Você mora na primeira bolinha de baixo pra cima (Foto: NASA).

O espaço é um lugar hostil. Diferente do que a maioria de nós pensa, nós não estamos tão seguros nele. 30 mil toneladas de material cósmico caem todo ano na atmosfera. A maior parte deste material vêm do cinturão de asteróides situado entre Marte e Júpiter, mas não causam problema nenhum. O problema está nas 150 toneladas de meteoritos passam muito próximos de atingir a Terra todos os dias. Alguns já atingiram e temos registros disso. Outros maiores (meteoros) já causaram um bom estrago, como o que causou a extinção dos dinossauros.  Mas mesmo o nosso planeta não é um lugar muito seguro. Acontecem aproximadamente 20 mil tremores de terra por ano. Muitos nós não conseguimos sentir, mas outros são muito perigosos, como os que causaram a Tsunami na Ásia e os diversos terremotos que já causaram morte de muitas pessoas. As erupções vulcânicas são os mais famosos desastres ecológicos que modificaram o rumo da história da Terra de forma catastrófica.


Mas como que os cientistas sabem o peso da Terra? E como descobriram a idade? O diâmetro? Todas essas informações que vocês leram agora? Este será o tema de uma nova série de posts que serão publicados aqui. Tem umas histórias muito curiosas e engraçadas. Aguardem!

Um abraço a todos,

25 setembro 2012

Dica de site

Olá pessoal,

Hoje vamos dar uma dica de um site muito legal sobre solo. É o "I heart soil" que é administrado pela Sociedade Americana de Ciência do Solo. 


Acessem o site clicando aqui e a página no facebook: https://www.facebook.com/IheartSoil

É uma boa pra treinar o inglês também! rs

Um abraço a todos,

23 setembro 2012

Imagem da Semana #45

Olá pessoal

Alunos e pesquisadores da UNESP de São Vicente recolheram fósseis de uma baleia azul em Iguape, no litoral de São Paulo. A previsão inicial é que o fóssil tenha aproximadamente 6 mil anos!!


Um abraço a todos,


20 setembro 2012

Eras Geológicas

Olá pessoal,

Hoje vamos apresentar a classificação das eras geológicas e depois algumas curiosidades sobre os nomes das divisões e eras.

Originalmente, a história geológica dividia-se em quatro períodos de tempo: Primário, Secundário, Terciário e Quaternário. O sistema era arrumadinho demais para continuar, e os geólogos começaram a criar divisões e eliminar períodos. O Primário e o Secundário caíram em desuso, enquanto o Quaternário foi descartado por alguns, mas mantidos por outros. Dos quatro originais resta apenas o Terciário, mas ele não representa um terceiro período. Foram adicionadas épocas para cobrir o período desde a era dos dinossauros, entre elas o Plistoceno ("a mais recente"), Plioceno ("mais recente"), Mioceno ("moderadamente recente") e o vago Oligoceno ("quase nada recente").

Atualmente o tempo geológico divide-se em quatro grandes blocos: Pré-Cambriano, Paleozóico (do grego, "vida antiga"), Mesozóico ("vida média") e Cenozóico ("vida recente"). Estas eras são divididas em períodos, alguns bem conhecidos, como Cretáceo, Jurássico, Triássico, Siluriano, etc. Depois vem as épocas (Plistoceno, Mioceno, etc), que se aplicam aos 65 milhões de anos mais recentes. Finalmente chegamos aos estágios ou idades, mas vocês só ouvirá falar deles se seguir carreira na Geologia.



Categorizar as Eras e Períodos sempre foi um assunto confuso, com discordâncias acirradas sobre onde situar as linhas divisórias. A mais famosa é a Grande Controversa Devoniana. A questão emergiu quando o reverendo Adam Sedgwick reinvidicou para o Período Cambriano uma camada de rocha que Roderick Murchison acreditava pertencer ao Siluriano. A confusão foi grande, gerou um livro (A Grande Controversa Devoniana) e muita baixaria entre os dois protagonistas. A briga acabou em 1879 com um recurso simples, criar o Ordoviciano, que ficaria entre os dois Períodos discutidos. 



Como os britânicos eram os mais ativos nos primeiros anos, predominam nomes britânicos na Geologia. Devoniano deriva do município inglês de Devon. Cambriano vem do antigo nome romano do País de Gales (Cambria), enquanto Ordoviciano e Siluriano lembram antigas tribos celtas, os ordovices e os silures. Outros nomes derivam de outros locais, como Jurássico, que refere-se aos montes Jura, entre a França e a Suíça, enquanto Permiano lembra a antiga província Russa de Perm, nos Montes Urais.

Lembrou de toda a classificação Geológica? A gente se vê na próxima

Um abraço a todos,

Referências: "Breve História de Quase Tudo".

18 setembro 2012

Grand Canyon

Olá pessoal,

Um dos lugares mais legais para estudar a geologia e a formação de solos é um local conhecido como Grand Canyon, que fica na região do Planalto do Colorado (EUA). As rochas presentes lá tem muita história para contar...




Para entender melhor, suponha que cada camada de rochas é uma fatia de bolo. A fatia mais baixa (na base do bolo) é a mais antiga, e foi formada primeiro. As outras camadas foram se formando por cima desta base, e cada uma tem sua característica própria. O problema é que em alguns lugares o recheio se mistura. Isso acontece nas formações rochosas devido à erosão. Mas mesmo assim dá pra contar uma boa parte da História da Terra.

As rochas presentes no Grand Canyon registram uma longa história de sedimentação numa variedade de ambientes, algumas vezes continentais, outras vezes marinhos. Diversas desconformidades marcam os intervalos de erosão (o recheio misturado). Essas rochas contém uma sucessão de fósseis, que revelam a evolução de novos organismos e a extinção de outros. A partir da correlação das rochas expostas em diferentes lugares, os geólogos podem reconstruir uma história, abrangendo um intervalo de mais de 1 bilhão de anos.

As rochas mais antigas expostas no Grand Canyon são ígneas e metamórficas , com idade de cerca de 1,6 bilhão de anos. Acima destas estão as camadas do Pré-Cambriano Superior. Estas camadas possuem fósseis de microorganismos unicelulares milimétricos! A inclinação das camadas do Grand Canyon, formando um ângulo em relação à posição horizontal de quando foram geradas mostra que elas também foram dobradas depois da deposição de do soterramento.



Uma discordância angular separa as Camadas Grand Canyon das camadas horizontais sobrepostas do Arenito Tapeats. Essas discordância indica um logo período de erosão. No Arenito Tapeats são encontrados muitos fósseis de trilobitas. Mais acima está um grupo de formações horizontais de calcário e folhelho, que representam cerca de 200 milhões de anos, do final do Cambriano até o final do Missisipiano. Este grande lapso de tempo não é bem representado nesta camada devido à discordâncias, sendo que os estratos das rochas materializam realmente menos de 40% do Paleozóico.

O próximo grupo que aparece representa os períodos Pensilvaniano e Permiano, com fósseis de vegetação terrestre. Um pouco mais acima está presente um folhelho arenítico vermelho. Continuando em direção ao topo encontramos outro depósito continental, que contém rastros de animais vertebrados. Estes rastros sugerem que esta camada foi formada durante o Permiano. Finalmente chegamos ao topo do penhasco! Nesta última parte estão presentes mais duas formações do Permiano. A primeira constituída de calcário, enquanto a segunda é formada de calcário arenoso contendo sílex. Estas duas formações indicam que o Grand Canyon já esteve embaixo da água!

Estratigrafia Detalhada do Grand Canyon, com as 3 principais séries de rochas

Apesar de contar uma boa história, o Grand Canyon não mostra toda a História da Terra. Períodos mais recentes não estão preservados, sendo que assim não podemos terminar de contar a História. Mas mesmo assim é um lugar fascinante, e uma boa sala de aula! 

Nós falamos bastante de Eras geológicas, Períodos....e outros. Vocês lembram de todos? No próximo post vamos revisar a classificação, que é meio confusa! 

Um abraço a todos,

Referências: "Para entender a Terra".

16 setembro 2012

Imagem da Semana #44

Olá pessoal,

A imagem da Semana é do Curisosity, o robô que está visitando nosso planeta vizinho. Na verdade a imagem é dos rastros do Curiosity, que podem ser vistos do espaço!

Confiram a imagem:



Um abraço a todos,

12 setembro 2012

Visitas 2012 #4

Olá pessoal,

Hoje vamos mostrar mais algumas fotos dos visitantes no SNE...e sempre estamos recebendo mais e mais.




Em breve teremos mais fotos de visitas!

Um abraço a todos

03 setembro 2012

Imagem da Semana #43

Olá Pessoal,

A imagem dessa semana é bem conhecida, porém com uma ótima notícia junto: o desmatamento na Amazônia cai 17% entre 2011 e 2012, segundo o Inpe.
É uma boa notícia, mas ainda não a que sonhamos ver: não há mais desmatamentos na Amazônia! Mas quem sabe um dia...


Um abraço a todos,