Olá pessoal,
Na Revista FAPESP saiu uma notícia muito interessante sobre o desenvolvimento de furacões, especialmente na costa do Brasil, que antigamente era conhecida como uma região "livre" destes eventos. Vocês podem acessar a matéria completa clicando aqui.
"A comunidade científica costuma categorizar os ciclones do Atlântico Sul
da mesma maneira: como ciclones extratropicais. Porém, ao estudar três
ciclones formados próximos à costa brasileira, os pesquisadores Rosmeri
Porfírio da Rocha e João Rafael Dias Pinto, do Departamento de Ciências
Atmosféricas do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências
Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP), concluíram que o
desenvolvimento de um deles foi diferente do esperado para um ciclone
extratropical da região. O estudo procura explicar a formação, a evolução e a
dissipação de ciclones próximos à costa do Brasil para, no futuro, os
meteorologistas terem à mão dados mais precisos sobre o desenvolvimento
desses sistemas. Afinal, ignorar essas informações pode levar a
previsões meteorológicas equivocadas ou surpreender os especialistas,
como ocorreu com o furacão Catarina.
Flechas indicam a direção do vento e, conforme o tamanho delas, a velocidade. Quanto maior, mais veloz |
Para amenizar essa falta de informações sobre as ciclogêneses na costa
brasileira, os pesquisadores do IAG decidiram estudar o comportamento de
três ciclones que se desenvolveram em diferentes regiões onde o
fenômeno é mais comum. Qualquer ciclone pode nascer extratropical, subtropical ou tropical e mudar de categoria, ou seja, fazer uma transição. Os ciclones extratropicais possuem frente fria e frente quente associadas
e se formam em latitudes médias entre 30° e 60º (no hemisfério Sul,
próximo à Região Sul do Brasil até o sul da Argentina) graças à
diferença de temperatura do equador comparada ao frio dos polos. Os
subtropicais podem ou não ter frentes e, geralmente, se formam entre as
latitudes de 15° até 40° (que correspondem à área entre o Sudeste e o
Sul do país). Os furacões não têm frente fria nem frente quente e se
formam principalmente devido à energia obtida por meio da evaporação de
águas oceânicas mais quentes.
O Catarina, que atingiu a costa brasileira em 2004 (Fonte: Wikipedia) |
Os pesquisadores ressaltam: “Não queremos fazer previsão do tempo, mas
explicar a formação dos ciclones que atingem a costa brasileira.
Entender a evolução dos ciclones dessas regiões do Atlântico Sul fornece
subsídio para conhecermos o ciclo de vida deles e apontar possíveis
furacões”.
Um abraço a todos,
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