28 agosto 2013

Como se forma? #1 - Madeira petrificada

Olá pessoal,

Hoje vamos inaugurar uma nova série de posts, nos quais iremos saber um pouquinho mais como se formam algumas coisas no nosso planeta. Espero que gostem...

E pra começar vamos descobrir como se forma madeira petrificada! Isso mesmo que você leu... madeira pode sofrer um processo de fossilização e virar "pedra". E como isso acontece? Veremos a seguir...

Foto: www.1000dias.com

Quem já morou ou mora no interior do Estado sabe que quando se derruba uma árvore, abandonando-a no campo, ela apodrece. Sendo assim, seria possível existir uma árvore de 200 milhões de anos preservada? Sim, é possível... Em condições muito especiais, mas é. Na região de São Pedro do Sul e Mata, à 340 quilômetros de Porto Alegre, há uma verdadeira floresta nessas condições. Foi mantida toda a estrutura das árvores, porém estão petrificadas. Visto ao longe, cada um dos troncos dessa floresta parece um tronco como outro qualquer. Mas, de perto, não há dúvida: é uma "pedra". Na verdade, trata-se das duas coisas. Há 200 milhões de anos era uma árvore e agora é uma pedra, mas mantendo todas as características da árvore, incluindo-se aí a estrutura molecular, os anéis de crescimento, a casca, as raízes, os nós, o miolo etc.
Floresta petrificada


Como isso foi possível?

Em primeiro lugar, a árvore tem que ficar coberta por água, terra ou gelo por milhares ou alguns milhões de anos. No local, tem que haver sílica, cálcio ou pirita, especialmente sílica. E, finalmente, o mais importante: no ambiente tem que haver determinado índice de alcalinidade, para dissolver a sílica. Com isto, a solução aquosa da sílica vai sendo absorvida pela árvore, através dos poros da madeira. A sílica penetrou em todo o corpo da árvore, vitrificando sua estrutura. Isto a impediu de apodrecer e explica a petrificação. Em casos onde a sílica não penetrou completamente na estrutura da árvore, esta parte apodreceu e desapareceu, observando-se buracos no interior das "pedras" que um dia foram árvores.

Foto: www.1000dias.com

Não existem florestas petrificadas no Brasil , mas no mundo todo. Aliás, em alguns lugares é possível encontrar uma floresta toda fossilizada. Existem várias dessas florestas nos Estados Unidos, na Grécia, Canadá e outras partes do mundo...

Espero que tenham gostado...

Beijos

Josi

14 agosto 2013

Pegadas do passado

Olá Pessoal

Encontramos uma reportagem muito interessante na Revista FAPESP. Vamos reproduzir parte dela aqui, mas quem quiser mais informações pode conferir a matéria completa, clicando aqui.

"Para quem quiser deixar uma marca duradoura de sua existência na Terra, fica a dica: caminhe à beira de um lago, onde houver lama ou areia fina e molhada, coberta de limo. Centenas de dinossauros fizeram isso, e suas pegadas permanecem intactas, gravadas nas rochas do sertão nordestino, no município de Sousa, interior da Paraíba, graças à ação das algas verdes e azuis do limo onde pisaram há mais de 100 milhões de anos.



A conclusão é dos paleontólogos Ismar Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Giuseppe Leonardi, do Instituto Cavanis, em Kinshasa-Ngaliema, na República Democrática do Congo. Em parceria com o geólogo Leonardo Borghi, da UFRJ, eles apresentaram, em artigo publicado em maio deste ano na revista Cretaceous Research, a primeira prova material da importância do limo na preservação de pegadas fósseis. O filme gelatinoso criado pelos microrganismos crescendo sobre a lama pisada teria impedido que as pegadas fossem apagadas pelo vento e pela chuva, antes que ela endurecesse e fosse recoberta por uma nova camada de sedimento que a protegeria da erosão.

Foi por meio de pegadas, por exemplo, que os paleontólogos deixaram de montar incorretamente os esqueletos fósseis nos museus. Antigamente achava-se que os dinossauros andavam como os crocodilos, arrastando o ventre e a cauda no chão. As pegadas, no entanto, mostram que as criaturas andavam com a cauda e corpo suspensos, com seu peso distribuído igualmente sobre as patas.

As rochas de Sousa se formaram a partir de sedimentos acumulados em um vale aberto no início da separação entre a América do Sul e a África, no começo do chamado período Cretáceo. Entre 142 milhões e 130 milhões de anos atrás, o vale abrigava rios e lagos, atraindo a fauna da região. Sua lama transformada em rocha registrou a passagem de quase 400 indivíduos — dinossauros, crocodilos, sapos e tartarugas. Também há marcas de ondulações produzidas por água corrente e até pequenos buracos criados por gotas de chuva.



Não há, porém, ossadas fósseis em Sousa, ao contrário do que ocorre na bacia sedimentar vizinha do Araripe, no Ceará, local da descoberta de muitos dinossauros do Cretáceo. O ambiente mais ácido de Sousa corroía os ossos, enquanto no Araripe enxurradas arrastavam e soterravam rapidamente as carcaças dos animais, mantendo os ossos em condições favoráveis à petrificação.

De uma década para cá, começaram a aparecer evidências de que as pegadas menos erodidas são aquelas cobertas por limo. Outros paleontólogos começaram a suspeitar de que as chamadas esteiras microbianas que compõem o limo funcionariam como uma cola entre os grãos do sedimento, preservando os traços das pegadas, além de os protegerem contra o vento e a chuva. Os microrganismos ajudariam ainda na petrificação, acumulando o cálcio que endurece o sedimento."

Um abraço a todos,

11 agosto 2013

Imagem da semana #70

Olá pessoal,

A imagem dessa semana é uma foto da superfície do planeta Marte feita pelo robô Curiosity da Nasa, onde é possível ver uma rocha que foi analisada pela Nasa e que contem traços de "lama" antiga feita por água. Há 3,5 bilhões de anos, se os seres humanos já existissem e fossem para Marte, poderiam ter bebido água e vivido ali por muito tempo, afirmou o cientista da Nasa, John Grotzinger, chefe da missão do robô Curiosity.

Foto: Nasa/AFP

07 agosto 2013

Imagem da semana #69

Olá pessoal,

A Nasa, a agência espacial americana, divulgou fotos da Terra feitas pela sonda Cassini na órbita de Saturno, a mais de 1,6 bilhão de quilômetros de distância de nosso planeta. Fotos da Terra feitas de muito longe no espaço são raras porque, à medida que as sondas se distanciam da Terra, nosso planeta aparece mais perto do Sol, com o seu brilho muito maior, e acaba impossibilitando que sejam feitas boas imagens da Terra.

A Terra é o pontinho mais brilhante abaixo dos anéis de Saturno