29 abril 2012

Imagem da Semana #28

Olá pessoal,

Nesta semana foi publicada uma imagem que mostra que a lava vulcânica esculpiu o solo de Marte em um passado geológico recente. 


Imagem: NASA


A imagem em alta resolução mostrou o tal efeito na região equatorial do planeta. É a primeira vez que evidências geológicas foram encontradas no planeta.

Um abraço a todos,

26 abril 2012

Um ciclo vicioso

Olá pessoal,

A erosão do solo é um processo bem conhecido. Já falamos dela aqui. Além disso, no Brasil há o dia Nacional da Conservação do solo, que já foi comemorado aqui no SNE nos anos de 2011 e 2012. Temos até um experimento sobre a erosão hídrica! Se vocês quiser revisar, há um material muito bom do INPE que pode ser encontrado aqui.

 O fato é que a erosão pode contribuir muito com o aquecimento global! Vamos ver como:

Foto: Carlos Eduardo Matos/G1 AM

O solo contém grandes quantidades de carbono na forma de matéria orgânica, que fornece os nutrientes para o crescimento das plantas e melhora a fertilidade da terra e o movimento da água. A faixa mais superficial do solo sozinha armazena cerca de 2,2 trilhões de t de carbono - três vezes mais que o nível atualmente contido na atmosfera (Pnuma, 2012). O carbono é facilmente perdido por meio da erosão, mas o processo de reposição é lento.

Os estoques de carbono no solo são altamente vulneráveis às atividades humanas. Eles diminuem de forma significativa em resposta às mudanças na cobertura do solo e no uso da terra, tais como desmatamento, desenvolvimento urbano e o aumento das culturas, e como resultado de práticas agrícolas e florestais insustentáveis. Tais atividades podem decompor a matéria orgânica. Quando isso ocorre, parte do carbono é convertido em dióxido de carbono - gás do efeito estufa que é um dos principais responsáveis pelo aquecimento global.

Portanto, a perda de solo por meio da erosão pode estar diretamente ligada ao aquecimento global
À medida que a demanda global por alimentos, água e energia aumente drasticamente, como se prevê, o solo ficará sob uma pressão cada vez maior.

O contrário também é verdade! O aquecimento global pode aumentar a erosão, pela elevação do nível do mar e aumentando a frequencia de fenômenos naturais como vento e chuva. O Nordeste é extremamente sensível à erosão costeira porque os rios que deságuam na região trazem um volume muito pequeno de sedimentos.
 
Erosão marinha (Fonte: Wikipedia)


Portanto, é um ciclo. Um aumenta o outro...temos que cuidar dos dois! Este é (mais um!) motivo para nos preocuparmos com a conservação do solo!

Um abraço a todos,

22 abril 2012

Dia da Terra

Olá pessoal,

Hoje, dia 22/04, é comemorado o Dia da Terra.  Nada melhor que a boa e velha imagem da primeira viagem espacial para nos fazer pensar que o nosso planeta é finito, e que somos responsáveis pelo futuro de todas as espécies presentes por aqui.


Um abraço a todos,

André

17 abril 2012

Imagem da semana #27

Olá pessoal,

A imagem dessa semana é bem especial, na verdade não é apenas uma e sim várias. Imagens para refletirmos um pouco sobre a importância da conservação do solo. Afinal no dia 15 de abril comemora-se o Dia Nacional da Conservação do Solo.
Quem quiser saber um pouquinho mais é só esse post que publicamos no ano passado...



Olha que imagens mais tristes...
Fonte: http://portal.cnm.org.br/sites/7000/7070/BuracoFundo1.JPG 

Fonte: http://ilhasolteiraambiental.blogspot.com.br/2010_07_01_archive.html
Fonte: http://geoprocessador.blogspot.com.br/2012/02/mapa-de-vulnerabilidade-erosiva.html
Fonte:http://naturezaecologica.com/category/meio-ambiente/page/5/

 Vamos fazer nossa parte! Conserve o solo! Preserve a Vida!




Beijos a todos,

Josi

12 abril 2012

Para ler, ver e ouvir #3

Olá pessoal,

"E se eu pulasse por um buraco que atravessasse a Terra no meio?"

Lembrei desta pergunta e por consequência de um grande livro (que virou filme!). Estamos falando de "Viagem ao centro da Terra", de Júlio Verne, escrito em 1864. Foi o mesmo cara que escreveu "Da Terra à Lua", "2000 léguas submarinas" e "Volta aos mundo em 80 dias" (precisa falar mais alguma coisa?? rs). E foram duas filmagens, uma em 1959 e outra em 2008! Seus livros são, na verdade, verdadeiros relatos de expedições científicas fantásticas às terras desconhecidas, e ao centro da Terra.



Neste livro, Júlio Verne teve como inspiração uma antiga teoria científica, que dizia que a Terra é oca. No livro, a entrada num fantástico mundo subterrâneo foi por um vulcão extinto da Islândia e a volta ao nosso mundo exterior foi pela erupção de um outro vulcão, na ilha de Stromboli, norte da Sicília.

Nas antigas crenças, mundos ocultos sob a superfície da Terra sempre tiveram destaque. Budistas da Ásia Central acreditavam num Reino de Agartha, um labirinto subterrâneo que abrigava populações de continentes extintos.Os gregos também especularam sobre as profundezas da Terra. Aí tivemos o mito de Orfeu e Eurídice, dos mortos no reino de Hades, das crenças de Homero sobre um mundo subterrâneo, entre muitas outras lendas.

Agharta, a Terra oca, segundo os Budistas

As primeiras formulações científicas sobre o tema datam do século XVIII, pelo astrônomo britânico Admond Halley, que propunha um planeta formado por camadas concêntricas e espaçadas entre si. Visando explicar certos fenômenos estranhos no campo magnético terrestre, Halley considerou que a Terra tivesse uma casca externa e um núcleo interno separado, cada um com seu próprio campo magnético. Adaptando essa teoria às crenças religiosas, Halley imaginou a existência de seres vivos nesses planetas interiores, sendo que a luz para esses seres provinha da atmosfera interior que era luminosa, sendo que a Aurora Boreal era consequência do escoamento dessa luminosidade pela fina camada polar. Hoje sabemos como o campo magnético e as auroras boreais funcionam...se quiser revisar é só clicar aqui. E também sabemos sobre o interior da Terra, se tiver dúvidas clique aqui.

Apesar de não ter acertado na questão da Terra ser oca, Verne acertou (foi pouco, mas acertou!) sobre a presença de vida subterrânea. É claro que o solo permite a presença de vida, mas apenas algumas camadas abaixo de nós, onde o material orgânico é reciclado. Porém, cientistas americanos descobriram em 2008 na África do Sul um microorganismo que vive inteiramente isolado, sem oxigênio e na escuridão total das profundezas da Terra. A bactéria foi batizada de Candidatus desulforudis audaxviator, em referência a uma citação (viajante audaz) em latim contida no livro de Verne.

O viajante audaz: Candidatus desulforudis audaxviator. Créditos: Greg Wanger, J. Craig Venter Institute, and Gordon Southam, University of Western Ontario.

Voltando à pergunta inicial, é impossível (infelizmente...) atravessar a Terra. Só se você for o Super Mário! Mas na Lua você conseguiria! A Lua tem um núcleo frio e não tem oceanos ou água subterrânea para complicar as coisas. Além disso, a Lua não tem atmosfera, portanto o túnel teria um bom vácuo dentro dele, o que elimina o arrasto aerodinâmico. É claro que quanto mais pra dentro da Lua, menor a gravidade e menor seria o seu peso. Conforme você desce dentro do túnel, mais e mais da massa da lua fica acima de você, atraindo você para cima. Quando você descesse até o centro da Lua, ficaria sem peso. A massa da Lua estaria toda ao redor de você e atraindo-o igualmente, portanto se anularia totalmente e você se sentiria sem peso.

Super Mário: Atravessando a Terra por dentro desde 1981

Apesar que seria uma boa passar pelo centro da Terra...se você perfurasse o túnel direito através do centro e pudesse criar um vácuo em seu interior, tudo o que você jogasse dentro do túnel alcançaria o outro lado do planeta em apenas 42 minutos. É um jeito fácil de viajar! rs

Um abraço a todos,

10 abril 2012

De olho no furacão

Olá pessoal,

Na Revista FAPESP saiu uma notícia muito interessante sobre o desenvolvimento de furacões, especialmente na costa do Brasil, que antigamente era conhecida como uma região "livre" destes eventos. Vocês podem acessar a matéria completa clicando aqui.

"A comunidade científica costuma categorizar os ciclones do Atlântico Sul da mesma maneira: como ciclones extratropicais. Porém, ao estudar três ciclones formados próximos à costa brasileira, os pesquisadores Rosmeri Porfírio da Rocha e João Rafael Dias Pinto, do Departamento de Ciências Atmosféricas do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP), concluíram que o desenvolvimento de um deles foi diferente do esperado para um ciclone extratropical da região. O estudo procura explicar a formação, a evolução e a dissipação de ciclones próximos à costa do Brasil para, no futuro, os meteorologistas terem à mão dados mais precisos sobre o desenvolvimento desses sistemas. Afinal, ignorar essas informações pode levar a previsões meteorológicas equivocadas ou surpreender os especialistas, como ocorreu com o furacão Catarina.

Flechas indicam a direção do vento e, conforme o tamanho delas, a velocidade. Quanto maior, mais veloz

Para amenizar essa falta de informações sobre as ciclogêneses na costa brasileira, os pesquisadores do IAG decidiram estudar o comportamento de três ciclones que se desenvolveram em diferentes regiões onde o fenômeno é mais comum.  Qualquer ciclone pode nascer extratropical, subtropical ou tropical e mudar de categoria, ou seja, fazer uma transição. Os ciclones extratropicais possuem frente fria e frente quente associadas e se formam em latitudes médias entre 30° e 60º (no hemisfério Sul, próximo à Região Sul do Brasil até o sul da Argentina) graças à diferença de temperatura do equador comparada ao frio dos polos. Os subtropicais podem ou não ter frentes e, geralmente, se formam entre as latitudes de 15° até 40° (que correspondem à área entre o Sudeste e o Sul do país). Os furacões não têm frente fria nem frente quente e se formam principalmente devido à energia obtida por meio da evaporação de águas oceânicas mais quentes.

O Catarina, que atingiu a costa brasileira em 2004 (Fonte: Wikipedia)

Os pesquisadores ressaltam: “Não queremos fazer previsão do tempo, mas explicar a formação dos ciclones que atingem a costa brasileira. Entender a evolução dos ciclones dessas regiões do Atlântico Sul fornece subsídio para conhecermos o ciclo de vida deles e apontar possíveis furacões”.

Um abraço a todos,

08 abril 2012

Imagem da Semana #26

Olá pessoal,

A Agência Espacial Europeia (ESA) informou nesta quinta-feira (5) que descobriu nas encostas de um dos maiores vulcões de Marte 'buracos em cadeia' que, dependendo de sua origem, podem ser 'peças interessantes' na busca de vida microscópica fora da Terra.

As fotografias foram feitas em junho na região de Tharsis, caracterizada por três grandes vulcões, revelaram uma série de depressões circulares. Para a agência, a suposição mais interessante seria se essas cavidades tivessem sido criadas por água subterrânea, como ocorreu na península mexicana do Yucatán nos famosos 'cenotes', depósitos formados pelo desmoronamento dos tetos das cavernas e a dissolução da rocha.

Crateras em região vulcânica de Marte podem ajudar na busca por vida fora da Terra (Foto: ESA)

Outra possibilidade é que as deformações tenham ocorrido com a queda do teto de antigos túneis formados por rios de magma que circulavam sob uma lava já solidificada na superfície, tornando os locais ocos.

A ESA considera que na busca de vida microscópica a primeira hipótese é a mais promissora. Isso porque, no caso de haver alguma estrutura similar a uma caverna intacta associada a esses buracos, os microorganismos poderiam ter sobrevivido protegidos das duras condições da superfície.
No entanto, a agência não descartou que se trate de simples sulcos na crosta de Marte, nas quais podem se formar as cavidades descobertas.

De qualquer maneira, a descoberta das marcas mostra 'muitas semelhanças entre os processos geológicos da Terra e Marte', fazendo com que a descoberta se transforme em objeto de estudo para posteriores missões.

Um abraço a todos,

05 abril 2012

Experimentos #7

Olá pessoal,
Hoje vamos apresentar mais um experimento presente na Estação: Fichas de Textura do Solo



Objetivos: Através do uso de “fichas” demonstrar ao estudante as diferenças entre as partículas que compõem o solo. 

Temas/Conteúdos (palavras chave): Textura – Partículas do solo.

Planejamento e Realização: 

Materiais necessários:
· Papel cartão.
· Cascalho.
· Solo.
· Areia grossa, areia fina.
· Silte.
· Cola.

Espaço e condições necessárias: Não há restrição de espaço e condições

Montagem:

1. Cortar o papel cartão em tamanhos iguais.
2. Dividir o cartão em 5 partes.
3. Em cada parte do cartão aderir ou seja, da maior partícula para a menor partícula.
4. Dessa forma na divisão de cima coloca areia fina, silte e argila.

Realização

5. O experimento é estático e baseia na observação e utilização do tato para estimular o estudante, pode-se confeccionar várias fichase distribuílas entre os estudantes. 

Nome: Equipe Solo na Escola
Instituição: ESALQ/USP
Idealizador / Autor da Atividade: Equipe Solo na Escola

Para maiores informações entre em contato.

03 abril 2012

O Havaí não era aqui??

Olá pessoal,

O Havaí localiza-se em um arquipélago, com 132 ilhas no total, localizado no Oceano Pacífico. Porém, a maior parte do Havaí concentra-se no sudeste do arquipélago, onde estão as oito maiores ilhas, que são as únicas habitadas. O meio da cadeia do Havaí é constituída por ilhas muito pequenas e rochedos, e o extremo noroeste é formado por recifes e cadeias de areia. Mas como estas ilhas se formaram?

As ilhas do Hawaii (Fonte: Wikipedia)

Durante séculos, as lendas havaianas explicaram como ocorreu a formação das ilhas vulcânicas: Pele, a Deusa do fogo, move-se de um lugar para outro ao redor das ilhas. Conforme contava ao outros as histórias de suas viagens, ela batia o pé, fazendo com que a terra tremesse e formasse, assim, uma nova ilha. Bom...a história é até legal, mas não é bem assim que funciona...pra falar a verdade, até que tem uma parte verdadeira.


Todas as ilhas do Havaí foram formados por vulcões, que lentamente emergiram do leito do mar, através dos chamados "pontos quentes" (hot spots). Os hot spots são locais em que o manto superior possui temperatura mais alta do que outras regiões. O curioso dos hot spots é que eles são estáticos, ou seja, não se movem junto com as placas tectônicas. 

Os hot spots mais importantes presentes no globo

A teoria mantém que à medida que a placa tectônica do fundo do Oceano Pacífico move-se em direção ao noroeste, o ponto quente mantém sua posição e vai lentamente criando novos vulcões, com magma suficiente para formar uma nova ilha. Essa jovem ilha é afastada do ponto quente pelo movimento da placa e, com o tempo, uma nova ilha se forma no ponto quente. Isto explica o fato de que são apenas os vulcões do sudeste do Havaí que continuam ativos. A datação de lavas da cadeia havaiana mostrou que as suas idades aumentam à medida que nos afastamos do vulcão atualmente ativo. Os vulcões mais antigos originados pelo ponto havaiano têm idades próximas dos 80 milhões de anos!

Formação das ilhas havaianas pela teoria dos hot spots

Por isso, se daqui alguns anos vocês encontrarem uma nova ilha no Havaí, não se surpreendam! É só o interior da Terra mostrando que está lá...firme, forte e quente! rs

Um abraço a todos,

01 abril 2012

Imagem da Semana #25

Olá pessoal,

Nesta semana nossa imagem é da NASA, que simula os movimentos das correntes oceânicas em todo o globo. As simulações englobam um período de um ano e meio entre 2005 e 2007. As correntes são exibidas como linhas brancas, que se movem em várias direções e fazem desenhos circulares que parecem redemoinhos.

Imagem da Nasa mostra correntes marítimas na região da África Austral (Foto: NASA/Goddard Space Flight Center Scientific Visualization Studio)
 
Os movimentos das correntes registrados pela Nasa foram comparados com as pinturas de Van Gogh, porque as linhas brancas no oceano azul lembram as pinceladas do pintor, principalmente no quadro "Noite Estrelada"

Movimento das correntes registrado pela Nasa foi comparado com as pinceladas de Van Gogh, especialmente no quadro 'Noite Estrelada', de 1889. (Foto: NASA/Goddard Space Flight Center Scientific Visualization Studio)

Um abraço a todos,