27 março 2012

Para o educador #5

Olá pessoal,

Sir Ken Robinson defende de maneira divertida e profunda a criação de um sistema educacional que estimula (em vez de enfraquecer) a criatividade. Segundo ele, a forma que a educação é aplicada no mundo "mata" a criatividade das crianças.

Confiram no vídeo:


E o que vocês acham?

Um abraço a todos,

26 março 2012

Imagem da Semana #24

Olá pessoal,

Um estudo publicado nesta semana chegou ao cálculo mais preciso já feito do tamanho do Sol. O "astro rei" tem 696.342 quilômetros de raio – com margem de erro de 65 km. A precisão é dez vezes maior que as disponíveis até então.

Como comparação de tamanho, a Terra tem 6.371 km em seu raio médio.


Trânsito de Mercúrio - Foto: NASA

O cálculo foi feito a partir do chamado “trânsito de Mercúrio”, que acontece quando o planeta fica no caminho entre o Sol e a Terra. A pesquisa foi feita na Universidade do Havaí, nos EUA, com a participação do astrônomo brasileiro Marcelo Emílio, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR).

“Se pudéssemos chegar perto de Mercúrio suficiente veríamos Mercúrio cobrir todo o Sol, pois eles estariam quase alinhados”, explicou Emílio. “Chamamos de trânsito, pois o tamanho angular de Mercúrio não é suficiente para cobrir todo o Sol. Se assim fosse, chamaríamos de eclipse”, comparou.

A trajetória de Mercúrio ajuda a observar o Sol porque estes dados já eram conhecidos com precisão pelos cientistas. Assim, com o tempo que o planeta leva para ir de uma extremidade à outra do Sol – de acordo com o ponto de vista da Terra – permite calcular esta distância, ou seja, o tamanho do Sol.

Um abraço a todos,

22 março 2012

Olhando para o passado

Olá pessoal,

Já falamos aqui sobre o Parque do Varvito, que fica na cidade de Itu. Hoje vamos comentar um pouco mais sobre as rochas presentes lá e como elas podem nos dar informações sobre o passado, devido às marcas que ficaram presentes. E tem tudo a ver também com o campo magnético da Terra! A matéria completa pode ser acessada na Revista FAPESP, clicando aqui.

As marcas do tempo são listras horizontais contínuas nos paredões de rocha, que há décadas intrigam pesquisadores de diferentes áreas. Por muito tempo a hipótese mais aceita para explicar essa formação era a de que essas camadas horizontais se formaram pelo depósito de sedimentos próximo a uma geleira há cerca 290 milhões de anos, em consequência de variações climáticas ocorridas naquele período geológico, o Permocarbonífero. Pensava-se que cada camada se formasse a cada verão, quando a geleira descongelasse. 



Muitos pesquisasdores desconfiavam de que a deposição não era anual, porque a espessura das camadas varia de 4 a 5 centímetros a quase meio metro. Para mostrar que essas camadas intituladas como varvito (rocha caracterizada por camadas de sedimentos depositados anualmente) não foram depositadas em períodos de um ano, os pesquisadores analisaram variações do campo magnético da Terra registradas nas rochas. Eles conseguiram determinar como era o campo magnético durante a formação de cada camada da rocha e compararam com a direção do campo magnético da Terra naquela época.

Paleomagnetismo: a maneira com que as rochas registram a variação do campo magnético terrestre

 Como não era possível verificar quanto tempo levou a deposição de cada camada, os pesquisadores usaram o que os especialistas chamam de “calibração astronômica” para investigar como a inclinação do eixo da Terra (obliquidade), o movimento dela em torno de seu próprio eixo (precessão) e a sua órbita ao redor do Sol (excentricidade) – um conjunto de fatores conhecido como “ciclos de Milankovitch” – poderiam interferir no clima do planeta. Com isso, identificaram periodicidades de deposição em escala milenar, relacionadas ao ciclo solar de 2,4 mil anos, e variações do clima global associadas a mudanças no resfriamento e no aquecimento abruptos, conhecidos como “ciclos de Bond”, que, até então, eram considerados restritos ao Quaternário (o último 1,8 milhão de anos).

Excentricidade, obliquidade e Precessão: Os ciclos de Milankovich

Com o trabalho, a equipe levanta outra questão: os padrões climáticos que os pesquisadores sugerem para o Quaternário se aplicariam a toda a história da Terra? O clima flutua naturalmente e o dessa época já era conhecido, mas determinar a variação cíclica da deposição dos sedimentos em função de parâmetros climáticos e astronômicos nos ajuda a entender melhor o que acontece hoje com o planeta.

Um abraço a todos,

20 março 2012

Teoria da Evolução

Olá pessoal,

Um dos assuntos mais polêmicos na ciência é a teoria da evolução de Darwin. O ilustrador Carlos Ruas é o criador das tirinhas do site "Um sábado qualquer", onde utiliza muitas piadas e curiosidades para criar situações cômicas com seus personagens.



Tendo em vista que muitos não conheciam tão bem a teoria da evolução, ele resolveu explicar, de uma forma bem simples e prática. Ele levou a sério a expressão: "Entendeu? Ou quer que eu desenhe?". Confiram no vídeo


Um abraço a todos,

18 março 2012

Imagem da Semana #23

Olá pessoal,

Já falamos bastante aqui no blog sobre erosão, inclusive na nossa aba de experimentos temos um exemplo da erosão hídrica. Imagens publicadas no site do jornal britânico “Daily Mail” mostram o desmoronamento de parte das Falésias brancas de Dover, cidade da Inglaterra onde está localizada o maior porto do Canal da Mancha (faixa de mar que separa a Grã-Bretanha da França).

Cartão-postal da região, a formação rochosa de calcário, que tem 8 km de extensão e cerca de 90 metros de altura, vem sofrendo colapsos constantes devido à erosão.


Quedas de grande proporção, como a registrada nas imagens de fevereiro passado, estão mais frequentes, segundo a reportagem da publicação britânica. Não é só por aqui que tem deslizamentos de terra não!

Um abraço a todos,

15 março 2012

Show da Física!

Olá pessoal,

Esta semana eu e a Josi fomos assistir o Show da Física, do Prof. Dr. Sérgio de Oliveira Moraes.




O objetivo principal  do Show de Física é o entendimento dessa ciência de maneira prática e bem humorada. A participação dos alunos durante a apresentação é muitas vezes requisitada, levando também à reflexões sobre o tópico que está sendo apresentado. 



Nossa participação no campo da educação  dita "não-formal" nos permitiu compreender melhor a postura que um educador deve possuir no exercício de sua profissão. Diante das diferentes situações e desafios que ocorrem, o educador deve mostrar sua liderança, motivação, improviso e interação com os alunos.  Vejam um pedacinho do Show, com algumas declarações do Prof. Sérgio.


Se vocês tiverem a oportunidade de assisitir ao Show da Física, nós recomendamos!

Um abraço a todos,

13 março 2012

Um imã gigante...

Olá pessoal,

Como prometido no último post, hoje vamos falar um pouco mais sobre o campo magnético da Terra. Por muitos anos os cientistas se perguntaram porque uma agulha imantada (como uma bússola) se alinha na direção Norte-Sul da Terra. Uma das idéias foi do inglês W. Gilbert, que propôs que a Terra se comportaria como um grande imã, com o polo Norte geográfico também seria um pólo magnético que atrai a extremidade norte da agulha magnética. O mesmo ocorreria com o pólo sul geográfico da Terra e o pólo sul da agulha imantada.



A força de atração é equivalente a distância que o local se encontra do polo, sendo que quanto mais perto o local esteja do polo maior será a força de atração. Se você estiver em um dos pólos, a agulha ficará na posição vertical. O campo magnético não se limita a Terra, formando o que os cientistas chamam de magnetosfera. Ainda hoje não se sabe qual é a origem do campo magnético, sendo esse um assunto promissor a ser estudado. Uma das teorias é a de que existe um campo elétrico formado pela defasagem entre a parte interna líquida e o manto inferior sólido. Esta defasagem é ocasionada pelo movimento de rotação da Terra, também conhecida como Teoria do Dínamo.

Campo magnético terrestre: a magnetosfera (Imagem: Nasa)

O campo magnético não é constante, ou seja, podem ocorrer variações. Magnetômetros detectaram desvios pequenos no campo magnético da Terra causados por artefatos de ferro, fornos para queima de argila e tijolos, alguns tipos de estruturas de pedra, e até mesmo valas e sambaquis. As variações magnéticas através do fundo do oceano já foram mapeadas, e assim foi proposta um novo formato para a Terra. O basalto (rocha vulcânica rica em ferro) contém um forte mineral magnético (magnetita) e pode distorcer a leitura de uma bússola. Como a presença da magnetita dá ao basalto propriedades magnéticas, estas variações forneceram novos meios para o estudo do fundo do oceano. Quando novas rochas formadas resfriam, tais materiais magnéticos gravam o campo magnético da Terra no tempo.

Agora, respondendo a pergunta feita no post passado: o que a aurora boreal tem a ver com o campo magnético?


A aurora aparece tipicamente tanto como um brilho difuso quanto como uma cortina estendida em sentido horizontal. Algumas vezes são formados arcos que podem mudar de forma constantemente. Cada cortina consiste de vários raios paralelos e alinhados na direção das linhas do campo magnético, sugerindo que o fenômeno no nosso planeta está alinhado com o campo magnético terrestre. Da mesma forma a junção de diversos fatores pode levar à formação de linhas aurorais de tonalidades de cor específicas.

Quando você estiver brincando com um imã, lembre do campo magnético da Terra!

Um abraço a todos,

11 março 2012

Imagem da Semana #22

Olá pessoal,

Nesta semana,  uma forte tempestade solar atingiu a Terra.

O fenômeno não tem impacto direto sobre as pessoas nem sobre a natureza, mas pode afetar o funcionamento de satélites, GPS e redes de energia. Além disso, a interferência causada pela radiação solar fez com que algumas companhias desviassem a rota dos voos próximos aos polos.



Aurora registrada na noite desta quinta (8) na
Islândia (Foto: Jónína Óskarsdóttir/via Nasa)

As auroras boreais, que puderam ser vistas em várias regiões na noite de quinta, também são provocadas por essa interação.No começo da semana, o Sol emitiu uma nuvem de partículas e radiação, que interagiu com a Terra, trazendo todas essas consequências. Essa erupção solar foi considerada a mais forte nos últimos cinco anos.

No próximo post vamos falar mais sobre o campo magnético da Terra e porque as auroras boreais acontecem. Aguardem!

Um abraço a todos,

07 março 2012

A primeira fratura

Olá pessoal,

No mês passado (fevereiro) saiu uma notícia muito interessante na Revista FAPESP, e vamos discutir um pouco aqui. Quem quiser ter acesso à matéria na íntegra, é só clicar aqui.

"Por pouco, uma boa porção do que hoje é o Nordeste brasileiro não se tornou parte da África durante a movimentação dos grandes blocos rochosos que formam os continentes, a chamada deriva continental. A hipótese de que o Nordeste pudesse ter se partido surgiu nos anos 1960 e ganhou agora o reforço de evidências obtidas por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade de Brasília (UnB).

 
A pesquisa, publicada no Journal of Geodynamics, retrata a evolução da chamada bacia Potiguar, formação localizada na costa do Ceará e do Rio Grande do Norte, a última parte da América do Sul a se desprender da África.

 
Como se sabe, ao longo do tempo geológico, os continentes estão numa dança constante, ora se juntando, ora se afastando, em razão da dinâmica das placas tectônicas. Essas placas rígidas, de até 100 quilômetros de espessura, deslizam vagarosamente carregando consigo o que há em cima delas, como se fossem imensas balsas navegando sobre o interior pastoso da Terra.


Mapa mundi reconstrói passado

Cerca de meio bilhão de anos atrás, África, América do Sul, Austrália, península Arábica, Índia e Antártida estavam reunidas num supercontinente que os geólogos batizaram de Gondwana. A região era instável, como seria de esperar de um pedaço de terra em via de se dividir em dois. A separação completa entre América do Sul e África aconteceu cerca de 100 milhões de anos atrás. O racha deu origem à bacia Potiguar, do lado sul-americano, e à bacia Benue, do lado africano. No meio, nasceu o oceano Atlântico.

A linha vermelha marca a área onde provavelmente ocorreu o início da separação entre África e América do Sul, que gerou as fraturas sobre as quais se assentam as bacias Potiguar, Jatobá e Tucano-Recôncavo, no Nordeste brasileiro
Pode parecer estranho, mas a massa terrestre – responsável pelo campo gravitacional – não está igualmente distribuída em todo o globo. Por conta disso, há flutuações regionais e, analisando-as, os geofísicos conseguem calcular o que há por baixo do solo. A mesma coisa se dá com relação ao campo magnético. Dependendo da composição das rochas sob o solo, ele aparece com maior ou menor intensidade.

 
Com a análise precisa dos dados da Potiguar, eles conseguiram identificar o alinhamento e a presença de uma fratura muito profunda – acredita-se que esse seja o sinal mais claro de que Gondwana originalmente começou a se partir naquela região, em vez de mais para o leste, como acabou ocorrendo milhões de anos mais tarde.

 
Uma contribuição dos novos resultados é realimentar a pesquisa básica. Ou seja, tudo começa com prospecção científica, passa à exploração econômica, que agora, com os dados colhidos, leva tudo de volta à ciência. E assim o ciclo prossegue."

O artigo completo pode ser encontrado aqui, e é bem interessante!

Um abraço a todos,

04 março 2012

Imagem da Semana #21

Olá pessoal,

Nesta semana, um fóssil de um animal pré-histórico inédito ficou durante 20 anos guardado em um galpão no Rio Grande do Sul. O Museu Aristides Carlos Rodrigues, da cidade, recebeu um crânio fossilizado em dezembro de 2011, doado por uma pessoa que não quis se identificar.


Fóssil foi entregue a museu após 20 anos (Foto: Maieve Soares/Prefeitura de Candelária/Divulgação)

Segundo o curador voluntário do museu Carlos Nunes Rodrigues, o crânio do animal é compatível com a biozona de dinodontossauro, que viveu durante o período triássico e habitou a terra há cerca de 230 a 235 milhões de anos. Um dos dentes que estão fixados evidencia que se tratava de um animal carnívoro.

Um abraço a todos,

01 março 2012

Oxigênio na atmosfera

Olá pessoal,

Ao ler o título deste post, você deve estar se perguntando: o que o oxigênio na atmosfera tem a ver com o solo? A resposta é que só foi possível determinar a data do início da atmosfera devido às rochas.

Recentemente, um grupo de pesquisadores publicou um artigo na Nature, datando o período da transição da atmosfera antiga para a nova: o acúmulo de oxigênio no ar teria começado 2,48 bilhões de anos atrás. Para determinar como e quando essa mudança ocorreu, os pesquisadores analisaram a distribuição do elemento químico cromo (Cr) e de seus isótopos em formações ferríferas. A ideia é que a distribuição desse e de outros elementos químicos nas rochas guarde pistas das características dos oceanos com os quais esses elementos tiveram contato em tempos antigos.

A edição de dezembro de 2011 da Revista FAPESP possui uma matéria sobre o artigo. Você pode acessar esta matéria na íntegra clicando aqui. Se estiverem interessados em ler o artigo vocês podem encontrar ele aqui.

"Como as rochas tinham idades diferentes, foi possível inferir as mudanças na atmosfera e no ambiente oceânico ao longo do tempo. Concluiu-se que cerca de 2,5 bilhões de anos atrás grandes quantidades de Cr foram extraídas dessas rochas e transportadas do continente para o oceano por águas superficiais extremamente ácidas, contendo ácido sulfúrico produzido a partir da decomposição da pirita (sulfeto de ferro). Como essas reações nas rochas são explicadas principalmente pela presença de bactérias aeróbicas acidofílicas – que necessitam do oxigênio do ar para viver e são capazes de sobreviver em ambientes ácidos –, supõe-se que uma quantidade significativa de oxigênio já tivesse se acumulado na atmosfera do planeta.

Depósitos de ferro oxidado em formações rochosas da Austrália

Há evidências, porém, de que a produção desse gás tenha começado bem antes, cerca de 3,5 bilhões de anos atrás, com as algas azuis, também conhecidas como cianobactérias. Por um longo período, no entanto, o oxigênio liberado por essas algas mal alcançava a atmosfera por interagir rapidamente com o ferro de origem vulcânica dissolvido no mar, originando as grandes formações ferríferas que hoje se encontram nos continentes e abastecem as mineradoras e a indústria siderúrgica. Depois dessa fase inicial de produção de oxigênio, que durou quase 1 bilhão de anos, o processo de transformação da atmos-fera pode ter sido bem rápido. Em 100 milhões a 200 milhões de anos, ela já apresentaria grandes quantidades de oxigênio.

Cianobactérias: As responsáveis pela produção de oxigênio

Esses indícios de que uma atmosfera rica em oxigênio já existisse há 2,5 bilhões de anos são os mais antigos já identificados até o momento. E são compatíveis com análises anteriores, baseadas em outras evidências desse importante evento na história da Terra, chamado de grande oxigenação. Contudo, os pesquisadores admitem que a aceitação dessas conclusões não é geral."

Um abraço a todos,