05 junho 2012

Porque as gemas são tão especiais?

Olá pessoal, 

Não se sabe quando foi a primeira vez que o ser humano coletou um belo cristal mineral e guardou para si, mas sabe-se que nas antigas civilizações egípcias se utilizavam gemas em colares e outros adornos. Sem dúvidas esses antigos egípcios sentiam-se atraídos pelas cores e jogos de luz na superfície polida dos minerais, como a cornalina, o lápis-lazúli e a turquesa.

Pulseiras e colares com gemas eram muito comuns no Egito antigo.

 A cor e o bilho (que é a capacidade de refletir luz) são até hoje qualidades que ajudam a definir se um mineral é ou não uma gema. Embora o valor atribuído a uma gema seja variável em cada cultura ou período histórico, outros atributos necessários parecem ser: beleza, transparência, durabilidade e raridade. A maioria dos minerais tem essas notáveis qualidades, mas as gemas consideradas mais preciosas são o rubi, a safira e, é claro, o diamante.

1- Turquesa, 2- Hematita, 3- Crisocola, 4- Olho de tigre, 5- Quatzo, 6- Turmalina, 7- Cornalina, 8- Pirita, 9-Sugirite, 10- Malaquita, 11- Quartzo, 12- Obsidiana, 13- Rubi, 14- Ágata muscínea, 15- Jape, 16- Ametista, 17- Ágata azul, 18- Lápis-lazúli.

Um diamante, ao contrário do que as propagandas alegam, pode não ser para sempre - pelo menos em termos geológicos - mas é algo especial. Seu brilho, os jogos de cores na sua superfície e as cintilações que ele emitem são únicos. A origem desta qualidade repousa na maneira como o diamante refrata ou encurva a luz. As múltiplas facetas dos diamantes lapidados são polidas para aumentar a aparência cintilante da gema. Suas facetas só podem ser polidas com a utilização de outro diamante, pois ele é o mineral mais duro que conhecemos, tão duro que pode arranhar qualquer outro mineral e não sofrer danos. Isso acontece devido à estrutura desamente empacotada e as fortes ligações entre os átomos de carbono que formam o diamante. Por isso ele pode ser identificado sem erro pelos joalheiros e mineralogistas. 

Diversas faces de diamantes polidos

 Os rubis e as safiras são variedades geomológicas do coríndon, um mineral comum (óxido de alumínio), que é abundante e tem ampla ocorrência em vários tipos de rochas. Embora menos que o diamante, o coríndon é extremamente duro. A curiosidade é que a cor da gema é conferida por pequenas quantidades de impurezas. O rubi, por exemplo, é vermelho devido à pequenas quantidades de cromo, a mesma substância que confere à esmeralda sua cor verde. 

Acima: à esquerda, a esmeralda bruta, e à direita, polida. Abaixo: O rubi em estado bruto, à esquerda, polido.

Gemas como o topázio, a granada, a turmalina, a jade, a turquesa e o zircão são menos valiosas, e por vezes denominadas semipreciosas. Muitas delas, como por exemplo a granada, são constituintes comuns das rochas, onde ocorre principalmente como pequenos cristais imperfeitos, com muitas impurezas e baixa transparência. Entretanto, sob condições especiais, podem formar-se granadas com qualidade de gemas. 

Granada encontrada naturalmente em rocha.

 De tempos em tempos, alguns minerais que não são classificados como gemas podem ganhar fama devido à sua cor, como a hematita (óxido de ferro), aparecendo em colares e pulseiras. Portanto, se você encontrar algum mineral que chame a atenção no solo, guarde-o...talvez seja uma gema!

Um abraço a todos,

Adaptado de: Para entender a Terra

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