25 fevereiro 2011

Tremores no Nordeste!

Olá pessoal,

Como ainda não tivemos nenhuma novidade e nem atividades, trago hoje uma matéria que saiu na revista Pesquisa FAPESP no mês de dezembro (Edição Impressa 178 - Dezembro 2010). Quem quiser ler a matéria na íntegra é só clicar AQUI.

Terra sacudida
"O Nordeste brasileiro é terra de agitos, não só por causa do Carnaval e outras festividades. De acordo com pesquisadores do Rio Grande do Norte e de São Paulo, os terremotos que de vez em quando sacodem a região estão longe de ser novidade: já aconteciam muito antes de existir gente no planeta, e ocorrem até hoje. O geólogo Francisco Hilario Bezerra, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) afirma que no Brasil, sobretudo em sua região natal, tem muito terremoto.
“O Nordeste é o lugar do Brasil onde mais acontecem terremotos”, diz Bezerra, “não se sabe bem por quê”. Os resultados do grupo da UFRN deixam claro que terremotos têm sido comuns na região nos últimos 400 mil anos. Além de explicar o relevo nordestino, esse conhecimento pode também ter utilidade prática direta, como orientar a engenharia civil. “Se determinamos que uma zona é caracterizada, há milhares de anos, por terremotos de magnitude 5, por exemplo, é preciso que as construções resistam a esses tremores”, explica o geólogo.
Solo movediço – Estudar falhas não é a única forma de investigar a sismologia de uma região. Mesmo sem ter acesso direto à falha que causa tremores em determinada área, o grupo da UFRN usa também outras alterações no solo para inferir movimentos passados. Um desses fenômenos é a liquefação, que acontece quando uma mistura de água e areia presa no subsolo é submetida a grande pressão, como a gerada por um terremoto. Bezerra ajuda a compreender fazendo uma analogia com a pressão que se cria quando uma garrafa de champanhe é sacudida. “A rolha, que no caso do solo pode ser uma rocha, impede a mistura de se expandir e a pressão aumenta até que estoura”, explica. No caso do champanhe é festivo, desde que a rolha não atinja alguém; mas quando grãos de quartzo se agitam com um terremoto e são ejetados, junto com a água, depois que a rocha se rompe, o resultado é destruição e, hoje, prédios demolidos.
Mais que paisagem – Uma vantagem de ser geólogo especializado nessa região é poder trabalhar num cenário mais atraente do que pedreiras ou zonas desérticas. As falésias que caracterizam boa parte da costa nordestina são, além de deslumbrantes, uma fonte rica de informações. Naquelas paredes com até 30 metros de altura que se erguem junto ao mar coloridas com tons de vermelho, amarelo, roxo e branco está exposto um histórico sísmico e geológico que remonta a dezenas de milhares de anos. Basta a um especialista olhar para essas falésias para perceber as linhas horizontais que delimitam sedimentos com idades diferentes e reconhecer características que revelam a influência de atividades sísmicas em sua formação.

Falésias no Rio Grande do Norte
Foto: João Alexandrino

Não é possível extrapolar os resultados obtidos no Nordeste para outras regiões do Brasil. “Cada falha tem um comportamento específico”, explica Bezerra. Por isso as falhas paulistas de Taubaté e de Santos, por exemplo, podem ter uma periodicidade e um modo de ação distintos que ainda precisam ser estudados. Para ele, a grande importância desses trabalhos, em conjunto, é mostrar que olhar os fenômenos atuais da natureza não é suficiente para entender o que acontece hoje. “O conhecimento histórico e instrumental não basta, é preciso examinar as camadas do passado distante.”

Texto extraído da Revista Pesquisa Fapesp (Edição Impressa 178 - Dezembro 2010).
Artigo científico:
NOGUEIRA, F. C. et al. Quaternary fault kinematics and chronology in intraplate northeastern Brazil. Journal of Geodynamics. v. 49, n. 2, p. 79-91. mar. 2010.



Bom, pessoal espero que tenham gostado....a matéria inteira é bem legal e vale a pena ler!

Beijos a todos...

11 fevereiro 2011

Resumos expandidos!

Olá Pessoal,

Em 2010 aconteceu o V SIMPÓSIO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM SOLOS, com o tema “PESQUISA E POPULARIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SOLOS”, em Curitiba – PR. O evento foi organizado pela Universidade Federal do Paraná.



Os resumos expandidos (com mais de 300 páginas) do V Simpósio Brasileiro de Educação em Solos encontram-se disponíveis para download gratuito no endereço:

http://www.sbes.ufpr.br/

Certamente é um material de consulta imprescindível para todos que trabalham com educação em solos.

Beijos a todos,

03 fevereiro 2011

BIO NA RUA!

Olá pessoal,
Quem escreveu o post de hoje foi o José....vale a pena dar uma olhadinha.

"Bom, hoje o post é pra contar sobre uma atividade em que o SNE participou que é um pouco diferente do que estamos habituados. Vou falar da nossa participação no BIO na rua.
O Bio na rua é um evento que foi idealizado nos encontros nacionais de estudantes de Biologia (ENEB), e atualmente é promovido pelos coletivos estudantis de diversas Universidades do Brasil, a ideia do evento é levar para a rua o conhecimento produzido no ambiente acadêmico e esclarecer à população o papel do Biólogo na sociedade. Na ESALQ o Bio na Rua aconteceu pela última vez em 2006, após 3 anos de hiato, a galera da Biologia juntamente ao Centro Acadêmico (CACB) se organizaram e realizaram o evento que foi um sucesso, e claro, o SNE não podia ficar de fora!



O evento ocorreu no Largo Dos Pescadores, na Rua do Porto, pertinho do Rio Piracicaba, e contou com vários estandes de variados temas, botânica, zoologia, anatomia, conscientização ambiental e esclarecimentos à população de dúvidas freqüentes, os temas foram divididos em bancadas, houve também um espaço destinado a “ecojogos” onde a criançada podia brincar e ainda aprender alguns conceitos de ecologia.



A bancada do Solo Na Escola contou com experimentos dinâmicos, levamos a coleção de insetos e os fósseis, todos da estação. As demonstrações foram um sucesso, muitas pessoas voltaram pra casa sabendo o que era o CTC e com certeza refletiram um pouco mais da importância do solo para a vida.



Ano que vem o Bio Na Rua está programado para ocorrer 2 vezes, e, se tudo der certo o SNE estará presente com certeza."

Espero que tenham gostado....

Bjos a todos!

01 fevereiro 2011

PARQUE DO VARVITO!

Olá pessoal,

Depois de um longo tempinho de recesso, eis que voltamos à ativa....
O post de hoje é sobre uma visitinha que o pessoal do SNE fez ao Parque do Varvito, em Itu, no final do ano passado...
Galerinha animada!

Mas e o que é Varvito?!
"Varvito é uma rocha sedimentar originada por depósitos rítmicos de sedimentos anuais em lagos formados pelo derretimento de geleiras. A palavra varvito se origina de varve, palavra sueca usada para descrever sucessões de camadas formadas no período de um ano. Nestes depósitos as camadas grosseiras, compostas de areia grossa a silte, representam depósitos de verão e as camadas finas e escuras, compostas de silte a argila, representam sedimentos depositados no inverno.
Isto acontece porque no verão, o derretimento da geleira é mais intenso, dando origem a torrentes capazes de transportar sedimentos grosseiros. Já no inverno a quantidade de água que flui diminui e só consegue transportar sedimentos muito finos. Estes sedimentos finos são enriquecidos por matéria orgânica preservada dos seres vivos que morreram no lago devido às baixas temperaturas do inverno.
Em um depósito deste tipo, pelo menos teoricamente, cada par de camadas, fina e grosseira, representa um ano completo. Ao se contar a quantidade de pares existentes no depósito como um todo, podemos ter uma ideia de quantos anos este demorou para ser formado."

Camadas de Varvito.


O pessoal conferindo as camadas....


Estas rochas, pertencentes ao Grupo Itararé, da Bacia do Paraná, são um registo marcante da grande glaciação que ocorreu do período Carbonífero inferior ao  Permiano inferior, entre 360 e 270 milhões de anos, quando toda porção sul do antigo supercontinente Gondwana ficou coberta por espessas camadas de gelo.

Um passeio interessante...

O Parque do Varvito situa-se no município de Itu, estado de São Paulo, tendo sido inaugurado em 23 de julho de 1995. O Parque foi criado a partir do desativamento da Pedreira Itu, de onde eram extraidas lajes utilizadas para pavimentação de edifícios e calçadas da cidade de Itu, desde pelo menos o começo do século XVIII. Por sua importância científica, uma parte da área da pedreira foi tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo.


Olha que lugar mais lindo!

Bom, nem preciso dizer que foi muito bacana essa nossa visita ao Parque do Varvito e que recomendamos muito esse passeio a quem quiser conhecer um pouquinho mais sobre Varvito e curtir um pouquinho a paisagem...

Espero que tenham gostado...
Bjos a todos!